“Se agora todo negócio é um negócio de dados, todo negócio precisa de uma estratégia de dados robusta”.
A afirmação é de Bernard Marr, futurologista e um dos principais influenciadores de negócios e tecnologia, e capta o desafio das organizações em estruturar suas bases num momento em que todas as inovações passam por dados, analytics e Inteligência Artificial.
Refletindo esse cenário, a 7ª edição do relatório global “Data-Powered Innovation Review”, feito pela ѻý, aponta tendências para 2024, ideias inspiradoras e melhores práticas para aproveitar o potencial dos dados.
O estudo foi elaborado por especialistas, parceiros de tecnologia e analistas da ѻý e apresenta três grandes seções: Data for Edge, Data for Augmentation e Data for Good. Dentro desses temas, destacamos alguns pontos que “conversam” com a realidade do mercado nacional e que consideramos essenciais para os profissionais de dados e demais interessados. Vamos lá.
Data for Edge: estratégia e governança de dados para ampliar a capacidade dos negócios
Cada vez mais, a estratégia de dados se torna parte essencial do negócio para direcionar o crescimento e garantir a perenidade das operações.
Para elaborar uma estratégia de dados abrangente, CDAOs (Chief Data and Analytics Officer) e seus times têm uma tarefa complexa, que envolve navegar por diversas perspectivas e, ao mesmo tempo, se apoiar em dados confiáveis, éticos e compartilhados. Governança é palavra-chave nesse contexto, além de questões técnicas de capacidade de processamento e uso de IA para criar produtos inteligentes.
À medida que as operações ganham complexidade, com muitos sistemas conectados e produtos de dados – como, por exemplo, um Business Intelligence (BI) –, surgem preocupações do tipo: Quem deveria acessar e processar os dados? Com qual propósito? As aplicações estão integradas de forma segura? A empresa está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)? Estamos expondo o dado de algum cliente?
É preciso adotar um método para resolver isso e, nesse sentido, o relatório destaca o Data Strategic Canvas, desenvolvido pela ѻý para ajudar a descobrir os componentes-chave de uma estratégia de dados robusta. As premissas por trás deste framework podem servir de inspiração para os profissionais de dados:
- compreender o problema;
- entender as perspectivas dos diversos stakeholders;
- identificar os dados necessários e os elementos de governança de dados;
- estabelecer métricas e KPIs;
- reconhecer que iniciativas de dados bem-sucedidas dependem da gestão e da valorização do capital humano ao implementar mudanças.
Data for Augmentation: IA Generativa potencializando a criatividade humana
A IA Generativa está nos holofotes e, por isso, o relatório aprofunda o tema mostrando desafios, pontos de atenção e princípios éticos na gestão dos LLMs (Large Language Models, os modelos de linguagem que são a base desta tecnologia).
Para começar, é preciso desmistificar a GenAI. Muita gente acredita que essa tecnologia inibe a atuação das pessoas, mas, na verdade, ela funciona como um catalisador das atividades criativas, ajudando a ampliar o potencial humano.
A combinação da GenAI com a criatividade humana já se materializa nas estratégias de CX, estabelecendo um novo padrão para o relacionamento com o cliente por meio da hiperpersonalização.
Acreditamos que este ano de 2024 será um ponto de virada, em que a GenAI vai sair do nível da pessoa física (muitos colaboradores usam aplicativos como o ChatGPT com frequência) e será testada no nível corporativo e em outras áreas para além do CX.
A propósito, uma novidade é o analytics autônomo, uma evolução do analytics com uma camada de Inteligência Artificial Generativa. Na prática, significa ter um assistente que fornece insights para fazer a análise de dados por meio de diferentes interfaces, que pode ser uma conversa em linguagem natural, painéis ou mapas mentais. Novamente, a GenAI usada para empoderar o capital intelectual.
O analytics autônomo surge para complementar as soluções de BI num contexto em que é cada vez mais difícil interpretar séries históricas, relatórios e indicadores considerando a grande quantidade de dados, dashboards e produtos de dados. Essa nova solução é capaz de interpretar KPIs, identificar tendências e produzir insights rápidos e precisos, ajudando os profissionais a terem uma visão plena das informações relevantes para gerar inteligência de negócio.
Data for Good: dados contribuem para diminuição da pegada de carbono
Diante dos efeitos das mudanças climáticas, todos temos a responsabilidade de zelar pelo bem do planeta. O “Data-Powered Innovation Review” traz uma seção dedicada à sustentabilidade e biodiversidade, com insights sobre como a área de dados pode colaborar com a agenda verde nas organizações.
Hoje é comum explorar vastas fontes de dados para melhorar produtos e serviços digitais. Uma das propostas mais interessantes do relatório é adotar o mindset Data for Good, no qual a organização opera com o volume de dados específicos e necessários para o negócio com o objetivo de evitar sobrecarga de processamento. Afinal, é justamente esse excesso que se traduz como algo nocivo para o meio ambiente.
O Protocolo de Gases de Efeito Estufa (GEE) define três escopos (1, 2 e 3) para determinar as fontes de emissões diretas e indiretas, melhorar a transparência e apoiar a elaboração e execução de políticas climáticas e metas de negócios. Ao mapear essas emissões, é possível reduzir a pegada de carbono de produtos de dados.
Hoje os hyperscalers fornecem soluções em nuvem para calcular o carbon footprint de aplicativos e processos. Sem abraçar esse tipo de tecnologia, é muito difícil ter controle e visibilidade plena da integração dos dados e do quanto os sistemas consomem em termos de processamento.
Direcionar o uso de dados para questões de sustentabilidade é um assunto em evolução no mercado brasileiro. Embora as organizações entendam a importância do tema, ainda não sabem ao certo como chegar lá. Portanto, podemos ver o copo meio cheio, ou seja, com oportunidades de melhoria visando o futuro dos negócios.
O “Data-Powered Innovation Review” traz muito mais informações e tendências que valem ser exploradas. Mas a principal mensagem é que, na corrida pela inovação, dados e IA ganham ainda mais relevância para o desenvolvimento de uma cultura data-driven, para a transformação dos negócios e para o bem do planeta.
Além de provocar essas reflexões, nossa missão na ѻý é aterrissar esses temas na realidade do mercado, passando da idealização para concepção, transformando tendências em inovação aplicada.
Queremos aproveitar nossos conhecimentos para dar suporte especializado para organizações e profissionais em seus esforços de dados e desafios de Inteligência Artificial Generativa. Aliás, já faz um tempo que estamos nos preparando para isso, tanto que em 2023, o Everest Group classificou a ѻý como Líder do Everest Group’s AI Services PEAK Matrix® Assessment, reconhecendo o nosso forte foco na Gen AI e nossas competências centradas em dados.
Faço o convite então para você baixar o relatório e vir trocar algumas ideias conosco para juntos explorarmos o dinâmico mundo dos dados e da IA.
Sobre o estudo
Publicado em dezembro de 2023, o relatório global “Data-Powered Innovation Review Wave VII” traz uma série de artigos elaborados por especialistas, parceiros de tecnologia e analistas da ѻý com tendências, ideias inspiradoras, estratégias e melhores práticas para explorar o potencial dos dados e da Inteligência Artificial nos negócios.